Quero
muito não me esquecer disso tudo
foram
escolhas feitas no limiar dos caminhos
busquei
tanto fazer o melhor nas almas
e nunca
diferenciar suas luzes
mas
seres são sempre tão diferentes
e
vislumbram sonhos tão distintos
como
libélulas que vagam ora nas sombras
meus
vôos assim, não foram ouvidos
mas
vistos em dimensões tortas
posturas
inóspitas
como um
carrossel de erros
e nessa
diversidade de intenções
quis
tanto ser eu mesma
mas
querer é apenas querer
não
move verbos
nem
risca desenhos
resta-me
ficar á espera
esperar
algo não sabido
como
lembranças em sótãos abandonados
cheios
de correntes esquecidas
que nas
noites tilintam
deixando
crianças sob lençóis assustados
e nessa
espera vil
meus
olhos incham
soluços
regurgitam
em
gritos de pedidos velados
esperanças
breves
de que
um dia possam entender
ver
claramente esta alma
temente
ao um deus que ama
esta
mesma alma ainda criança
cheia
de uma solidão sã
hoje em
tristeza febril
é
somente um espírito que voa
perdido...
rasgando
um saco de verdades
no
escuro do armário
na
busca de luz
e quer
viver
enfim....
viver
nada
mais!
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