Suspensa num Eu perdido...


Quero muito não me esquecer disso tudo
Foram escolhas feitas no limiar dos caminhos
Busquei tanto fazer o melhor nas almas
E nunca diferenciar suas luzes
Mas seres são sempre tão diferentes
E vislumbram sonhos tão distintos
Como libélulas que vagam ora nas sombras
Meus vôos assim, não foram ouvidos
Mas vistos em dimensões tortas
Posturas inóspitas
Como um carrossel de erros
E nessa diversidade de intenções
Quis tanto ser eu mesma
Mas querer é apenas querer
Não move verbos
Nem risca desenhos
Resta-me ficar á espera
Esperar algo não sabido
Como lembranças em sótãos abandonados
Cheios de correntes esquecidas
Que nas noites tilintam
Deixando crianças sob lençóis assustados
E nessa espera vil
Meus olhos incham
Soluços regurgitam
Em gritos de pedidos velados
Esperanças breves
De que um dia possam entender
Ver claramente esta alma
Temente ao um Deus que ama
Esta mesma alma ainda criança
Cheia de uma solidão sã
Hoje em tristeza febril
É somente um espírito que voa
Perdido...
Na busca de luz
E quer viver
Enfim.... viver
Nada mais!

Ka Santos



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